Os classificados - Um cara normal

Carina decide procurar um namorado nos classificados da internet. Ela decide que conhecerá um cara por dia.


Fiquei uns 30 minutos olhando para o computador e repetindo: "Desista, boba! Esse negócio de achar namorado pela internet não funciona..." Respirei fundo, ignorei aquela voz teimosa e entrei no site de classificados amorosos. Era segunda-feira, horário comercial. Poucos homens estavam online. Com cuidado redobrado, analisei cada foto e perfil. Finalmente, me deparei com um moço de olhar tranquilo.

Continua...

Nem bonito nem feio. "Um cara normal" era seu pseudônimo. Ele não escreveu muito sobre si mesmo. 
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Conto de Amor

Florzinha: Por que esse apelido?

Um cara normal: Porque é isso o que eu sou: nada além de um cara bacana, que ama e respeita a vida. E as pessoas.

Florzinha: Bonito isso. Estou habituada a homens que se acham extraordinários...

Um cara normal: Eu não sou, não! Nem procuro uma mulher que seja. Trabalho, estudo, tenho vida digna e procuro alguém para, de repente, formar um casal feliz.

Florzinha: Você trabalha com o quê?

Um cara normal: Informática.

Florzinha: Que bom! Se meu computador pifar, já tenho quem chamar (rsrs).

Um cara normal: Claro. E você procura que tipo de relacionamento?

Florzinha: Algo mais duradouro. Vou ser honesta: venho buscando alguém aqui há vários dias e nada! Estou quase desistindo...

Um cara normal: Cheguei nos 45 minutos do segundo tempo (rsrs). Posso fazer uma proposta? E você me diz se achar maluca?

Florzinha: Claro, pode falar...

Um cara normal: Acho a internet ótima para conhecer pessoas. Mas prefiro tudo ao vivo. Topa me encontrar num lugar público, tipo shopping? Tomamos um lanche e papeamos, sem compromisso,

Florzinha: Nossa, você me surpreendeu! Nem sei o que responder...

Um cara normal: Acho mais confortável e seguro um lugar assim. Aí, se você não gostar de mim, basta dizer, sem constrangimento!

Florzinha: E você faça o mesmo (rsrs).

Um cara normal: Pode deixar. Topas?

Uma hora e meia depois cheguei ao shopping. Ainda estava claro quando o vi me esperando, sentado numa cadeira na praça de alimentação. Muitas pessoas estavam ao seu redor, mas não tardou para que eu o reconhecesse graças à foto no site. E, pessoalmente, ele era beeeeem melhor!

"Puxa, tão estranho falar com você assim, em carne e osso", disse eu, logo que nos cumprimentamos com beijinhos no rosto. Ele sorriu. Começamos a conversar. Tudo foi muito divertido. O "cara normal", que na verdade se chamava Leandro, era ainda mais interessante ao vivo do que na tela do computador. Por horas e horas falamos sobre tudo: nossos trabalhos, vidas e famílias. Vez ou outra, tocávamos nossas mãos. Por fim, ele me beijou.
Não estava ainda muito certa do que iria acontecer dali por diante. Mas tinha uma certeza em mente: a de que conhecer gente na internet é algo prático e descompromissado, mas não tão bom quanto conversar ao vivo. Afinal de contas, por trás de cada pseudônimo nos sites de relacionamento existe um ser humano à espera de um amor... Um amor real. 
FIM!


O rancoroso

Marido ou patrão?



João Grandão

Um rapaz confuso



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